Muitas vezes me perguntam sobre a idade mínima para atendimento psicológico de crianças, então, achei importante compartilhar um pouco do que penso sobre essa questão.
Na minha dinâmica de trabalho, a faixa etária do paciente não é à priori um fator determinante para o tratamento. O primeiro passo para qualquer tipo de atendimento na minha visão é a avaliação inicial, e isso eu não reservo apenas para tratamentos clínicos. Considero a necessidade de avaliação inicial inclusive para as solicitações de serviços mais gerais, tais como assessoria institucional. Só após avaliação é possível identificar o tipo de demanda apresentada pelo paciente e assim estabelecer uma condução adequada ao tratamento. Não limito meus atendimentos pela faixa etária por pensar que essa prática impossibilita que a avaliação possa ser realizada de forma plena.
Muitas vezes, a questão que se coloca no atendimento não diz respeito a idade em si mas a alguma questão do âmbito familiar. Com isso quero dizer que o importante é poder ouvir o que está sendo falado em termos de demanda a partir do fator idade. Estabelecer a faixa etária para os atendimentos como um pressuposto é impedir que a avaliação inicial cumpra sua função.
Glenda Almeida Pratti
Psicóloga, Mestre em Psicologia e Psicanalista
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